sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Meditação de Por do Sol [21/10/2011]



Debaixo da proteção e da bênção divina

Todavia, o Senhor é fiel; Ele vos confirmará e guardará do maligno. 2 Tessalonicenses 3:3

O irmão Osvaldo foi um trabalhador digno e honesto, e hoje está aposentado. Ele sustentou a família cortando cabelo e fazendo barba no tempo em que ainda predominavam os “barbeiros” e as “barbearias”.

Eram dias difíceis, pois muitas vezes Osvaldo não fazia sequer uma barba, não ganhava um real. Mas, a cada noite, encerrando o expediente em seu humilde salão no interior do Paraná, ele baixava a única porta da barbearia até a metade e contava o dinheiro que havia ganhado naquele dia. Em seguida, separava o valor corresponde ao dízimo e o valor correspondente ao pacto daquele dia. Anotava esses valores em um caderno, onde o dízimo e o pacto eram guardados até o fim do mês. Ao se encerrar o mês em curso, Osvaldo somava o que havia anotado a cada dia e então contava o dinheiro – dízimo e pacto – que havia separado, guardava-o em um envelope e o levava à igreja no sábado seguinte.

Depois de algum tempo, seu filho mais velho foi estudar no IASP por meio de uma bolsa de estudos concedida pela Golden Cross. E, algum tempo depois, sua filha também foi. Era uma grande alegria para o irmão Osvaldo ter seus filhos estudando em uma instituição adventista, porque a famiília era muito humilde.

O irmão Osvaldo fez uma pequena economia com muito sacrifício para visitar seus filhos no colégio. Saindo de Telêmaco Borba, ele desembarcaria de madrugada em Sorocaba, para tomar outro ônibus para Campinas, a fim de chegar ao IASP, localizado em Hortolândia. Mas, naquela madrugada, o motorista não chamou Osvaldo e sua esposa, a irmã Iraides, e eles, dormindo, passaram direto com destino a São Paulo.

Lá chegando, Osvaldo ficou muito aborrecido, mas fazer o quê?! Já estavam em São Paulo e agora tinham de ir a Campinas a partir dali. As agências para venda de passagens ainda estavam fechadas e, nesse ínterim Osvaldo e a esposa foram roubados de maneira inusitada. Os ladrões levaram toda a economia de nosso irmão, exceto “alguns trocados” que estavam em outro bolso, o que foi suficiente para que chegassem ao colégio.

O irmão Osvaldo passou ali o fim de semana com seus filhos, feliz por estar com seus queridos. Mas não entendia o ocorrido: ter passado direto para São Paulo quando devia ter ficado em Sorocaba e ainda o roubo de todo o seu “pouco, mas precioso” dinheiro.

Tomou emprestado o dinheiro das passagens de volta para sua cidade. Ao chegar lá, dirigiu-se ao guichê da empresa de ônibus e formalizou uma reclamação devido a não ter sido chamado pelo motorista em Sorocaba, o que resultou em sua ida para São Paulo e consequente roubo de todo o dinheiro que tinha. Na agência lhe fizeram algumas perguntas, entre as quais o valor que havia sido roubado. Osvaldo declarou a quantia exata, nem um centavo a mais.

Quando chegou em casa, ajoelhou-se ao lado de sua cama e então “questionou” a Deus o por quê. Em sua prece dizia a Deus que ganhara aquele dinheiro honestamente, havia sido fiel em dizimar aquele valor, e além disso havia ofertado o pacto (5%) de todo aquele rendimento. “Por quê, Senhor?”, perguntava o irmão.

A vida de Osvaldo continuou. Cerca de 30 dias depois, ele estava atendendo um cliente em sua barbearia. Um funcionário uniformizado da empresa de ônibus perguntou quem era o Sr. Osvaldo, e nosso irmão apresentou-se. Nesse instante, um milagre aconteceu, pois o fiscal da empresa de ônibus pediu desculpas em nome da empresa pelo que Osvaldo havia passado em São Paulo. Colocou a mão no bolso e tirou um cheque no valor exato do que havia sido tirado pelos ladrões em São Paulo e o entregou a Osvaldo.

Nosso irmão não podia acreditar: roubado em São Paulo por ladrões desconhecidos ressarcido pela empresa de ônibus em Telêmaco Borba, interior do Paraná, no valor exato do que lhe havia sido tirado.

Osvaldo agradeceu a Deus pelo ganho honesto de cada dia e pela fidelidade de Deus em abençoá-lo por ser um fiel dizimista e um fiel pactuante.

Osvaldo Chagas
Associação Sul Paranaense (USB)

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