sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Meditação de Por do Sol [07/09/2012]



Uma convicção em meu coração
Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações. Tiago 1:2

Dez anos atrás, um senhor veio à minha casa oferecendo um curso para compreender melhor as Sagradas Escrituras. Pareceu-me um pouco estranho, mas, na verdade, meu marido gostou da ideia, porém, eu não, visto que não cria em Deus.

Com o decorrer do tempo, meu marido seguia estudando e ampliando seu conhecimento sobre as grandes verdades da Bíblia e uma delas chamou minha atenção: a que se refere ao sábado, porque diz que esse é o verdadeiro dia do Senhor e porque, para honrá-Lo, não se deve trabalhar nesse dia. Eu não entendia muito o conceito e não me interessava. Constantemente, dizia ao meu marido para deixar de estudar com aquelas pessoas fanáticas e que a única coisa que estavam fazendo era causar conflitos entre nós - além do que, segundo meu pensamento, Deus não existia.

Inicialmente, meu marido não deu ouvidos aos meus comentários e seguiu estudando, mas, depois de algumas semanas, desistiu e voltamos à nossa rotina.

Desde então, transcorreram oito anos e  meu marido seguia com algumas perguntas em seu coração com relação a Deus. Havia coisas que não o deixavam tranquilo e, pela mão da Providência, ele se encontrou com o irmão que anos antes havia iniciado os estudos. Diante de suas dúvidas inquietantes, ele decidiu reiniciar o estudo. Eu não fiquei satisfeita, mas meu marido tinha tanto desejo de conhecimento que, quando repassaram as grandes verdades bíblicas do evangelho - e entre elas novamente a do sábado -, eu não disse nada. Visto que meu esposo trabalhava como autônomo, imediatamente aceitou a verdade do sábado e começou a guardá-lo.

Transcorridas algumas semanas de estudos, minha filha se uniu a eles, e depois de outras semanas mais, os dois aceitaram a Jesus e pediram o batismo na Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Isso foi um grande golpe em minhas "crenças". Mas, por outro lado, tive despertada a curiosidade de conhecer a raiz das motivações que levaram ao batismo m eu marido e minha filha. Comecei timidamente a me aproximar para saber o que, afinal, Jesus havia feito por mim. Meu coração foi tocado pelo Espírito de Deus. Não obstante, algo me fazia não aceitar o sábado: "Como irei pedir demissão do meu trabalho? Meu salário é muito bom." Isso me parecia muito complicado.

Certo dia, pela manhã, levantei-me cedo com uma convicção no coração. Conhecia o tempo em que estava vivendo e devia tomar uma decisão para poder ser batizada, ou seja, aceitar a Cristo e também o dia que Ele separou para estar conosco de modo especial. Decidi, então, falar com meu chefe e lhe pedir o sábado, com a convicção de que se ele não me permitisse deixar de trabalhar eu iria pedir demissão. Com essa certeza no coração, fiz uma oração e pedi para falar com ele.

Eu estava nervosa. Não sabia o que iria acontecer. Entrei na sala e lhe disse: "Necessito que o senhor me libere do trabalho aos sábados. O senhor já conhece o assunto" (algum tempo antes, eu lhe havia dado de presente o livro Um Dia de Esperança). Ele comentou que havia lido e achado o livro interessante, mas disse que não me liberaria aos sábados. Então respondi: "Está certo. Se não posso ter o sábado livre, estou me demitindo."

Ele me olhou perplexo, pois acredito que não esperava essa minha resposta. "Eu renuncio; não vou transgredir meus princípios. Se o senhor não me liberar aos sábados, não poderei seguir trabalhando aqui." Não entendo de onde havia tirado forças para mostrar o que havia em meu coração, mas ali eu diante do meu chefe pedindo o sábado e me demitindo de um trabalho de quase dez anos. Voltei para casa e contei tudo ao meu marido. Oramos pedindo ao Senhor que operasse um milagre.

No dia seguinte, me telefonaram do escritório. Reuni-me com meu chefe e ele me disse: "Tenho visto seu trabalho e queremos que você continue conosco. Assim, lhe daremos o sábado livre para que você possa ir à igreja e ser fiel a Deus." A resposta me causou grata surpresa. Mal podia acreditar! Naquele dia, aprendi a grande lição de que Deus nunca abandona Seus filhos. Naquela mesma semana, falei com o pastor do distrito de Quillota, no Chile, para que no batismo seguinte eu pudesse entregar minha vida totalmente a Jesus.

Mitsi Palma Godoy
Igreja Adventista do distrito de Quillota
Missão Chilena do Pacífico

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